Um clássico em versão moderna

ESCOLA FRANCISCANA IMACULADA CONCEIÃÃO
Um clássico em versão moderna
Gênero proposto exigiu dos alunos trabalho em grupo, interpretação da obra e técnica de gravação

Em busca de metodologias ativas, a professora Martha Alexandra da Silva Pitzschk Trindade desafiou as turmas de 9º ano do ensino fundamental a realizarem um projeto de leitura bastante diferente do clássico “A Moreninha”, de José José de Alencar. Durante as aulas do 1º trimestre, os estudantes usaram a obra “A Moreninha 1: a missão , de Ivan Jaf, que é a releitura da obra original, a fim de que eles pudessem conhecer história de uma forma mais simples e fácil de compreender. Após a leitura, os alunos produziram o resumo e  produziram vídeos com fantoches e cenários contando e encenando a síntese da história. Essa atividade foi encerrada no final do no primeiro trimestre.

Os alunos dos 9º anos leem um clássico da literatura por trimestre. A professora destaca que ler clássicos da literatura, além da oportunidade de ver de perto as histórias que marcaram e transformaram a literatura, é também uma chance de conhecer e se aprofundar sobre outras culturas, épocas históricas, pontos turísticos e a subjetividade humana. Para Martha, “a literatura também exerce grande influência na história cultural, social, política e econômica de todos nós, pois é de forte contribuição ao desenvolvimento da sociedade, refletindo sobre os valores vigentes, indagando a respeito de questões sociais, de relações humanas e de conflitos oriundos da história”.

Na prática, o desafio de evoluir do mero resumo escrito também foi visto com bons olhos pelos estudantes.  Cecília Pacheco Sbardelini, do 9º B, reconhece que a tarefa foi muito mais difícil do que ela esperava, apontando singularidades como representar personagens masculinos num grupo só de meninas, tentar reproduzir o sotaque carioca, já que a obra é ambientada no Rio de Janeiro e se adaptar ao equipamento do estúdio de gravação de áudio. Nada disso, entretanto, desvalorizou o trabalho, bem pelo contrário. “Foi uma experiência muito legal porque eu estava com minhas amigas, pessoas com as quais me senti confortável para falar. O processo foi mais complexo do que eu realmente achei que seria, mas foi gostoso ficar com essas pessoas”, diz ela, também pontuando que acabou aprendendo técnicas que nem imaginava. “A gravação foi dez de dez”, conceitua ela.  

Na avaliação da professora, o desafio valeu muito a pena. “Os alunos se envolveram em todas as etapas do projeto com muito ânimo. Fiquei surpresa com a criatividade e autonomia para produzirem o vídeo e a desenvoltura para encenarem os personagens da história. Os vídeos ficaram lindos e muito criativos”, considera Martha.

Notícias