Projeto Macieira, escrevendo histórias


Há mais de uma década o projeto Macieira vem registrando histórias de crianças do 2º ano do Ensino Fundamental nas primeiras experiências de produção textual. No último dia 01/12, mais uma vez a comunidade escolar e famílias estiveram reunidas, às 19h, na quadra coberta da escola, para prestigiarem a noite de autógrafos do livro “Mas será que nasceria a macieira?”.
Os estudantes abriram a noite especial com uma apresentação que mostra que, além do desenvolvimento da escrita, o projeto ainda traz a elas a consciência ecológica. Por meio da coreografia ensaiada pelas professoras de educação física, Mariana Oliveira e Sheila Moreno, eles mostraram que sabem o quanto o homem é responsável pela preservação da natureza.
Depois, os pequenos escritores autografaram o livro e mostraram suas obras às famílias. Entre tantas histórias escritas e lidas ao longo de mais de uma década desse projeto na EIC, nesse ano a família Buzzio fechou a sua participação, com o quarto filho. A primeira a participar, Mariana, hoje é estudante de direito, mas fez questão de trazer o seu livro. “é muito gostoso termos vivido isso quatro vezes. Eu primeiro e depois os meus irmãos mais novos, é bem nostálgico”, disse ela, revelando: “por um tempo eu até queria ser escritora [...] realmente o projeto me ajudou no incentivo a estudar, ler e escrever. Pode ser que uma pessoa descubra aqui um talento natural e vire escritora um dia. Quem sabe?”.
Já Larissa Iores Kruker foi aluna da EIC há mais tempo. Ela ainda guarda sua versão de primeiro livro escrito em tecido (anterior ao projeto Macieira) e demonstra a certeza que a filha, Marina, assim como ela, guardará essa lembrança para o resto da vida. “Hoje esse livro estará no quartinho dela e, sempre que quiser folheá-lo, ela vai ver sua letrinha de quando estava no segundo ano. Isso vai ficar guardado na memória, tenho certeza. É uma coisa muito especial”, considera a mãe.
O processo - As professoras Amanda Vieira, Adriane Izabel Simon e Elizabete Santos iniciaram o trabalho nas aulas de produção textual, no primeiro trimestre, e depois a atividade é aberta também nas demais aulas. Quando os alunos estão mais consolidados na leitura e escrita, as professoras passam a trabalhar a autonomia, para que eles construam a história sozinhos, sejam autores da sua própria história.
Eles recebem um livro apenas com as imagens impressas e, após manuseá-lo em diversos momentos, começam a surgir as primeiras páginas. Nesse ano, o início do rascunho aconteceu em agosto. “No começo parece que não vai acontecer nada, mas o desenrolar do processo é maravilhoso e emocionante , porque cada aluno traz para sua história as suas experiências pessoais”, diz a professora Amanda.