Como podemos amar e cuidar de um lugar que não conhecemos de verdade? Foi com essa pergunta que o Projeto "Conhecendo Dourados" lançou um desafio aos alunos do 3º e 4º ano do Ensino Fundamental: transformar-se em exploradores dentro da própria cidade. A iniciativa, que partiu do material didático, cresceu e se tornou uma jornada cívica e afetiva, coordenada pelas professoras Cleusa Aparecida Ventorini de Barros, Ana Claudia Marques e Gigliola Aparecida de Oliveira Knapp.

O projeto começou em sala de aula em abril, com estudos teóricos, mapas e pesquisas que foram muito além de decorar nomes e datas. Os alunos mergulharam na complexa história de Dourados, aprendendo sobre os povos indígenas Kaiowá e Guarani, os habitantes originais desta terra, e sobre a coragem dos primeiros pioneiros, como Marcelino Pires, que desbravaram a região.

Eles descobriram que o nome da cidade não vem do metal, mas de um peixe, e que o grande ponto de virada da nossa história foi a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), na década de 1940. Esse projeto atraiu migrantes de todo o Brasil, especialmente do Sul, que trouxeram na bagagem a força de trabalho, a cultura do churrasco e o cultivo da soja, definindo a geografia econômica da nossa cidade como um polo do agronegócio.

Com esse conhecimento em mãos, o aprendizado saltou dos livros para as ruas. O momento mais aguardado foi o passeio pelos pontos turísticos. A Praça Antônio João, o Parque Antenor Martins e outros marcos da cidade deixaram de ser apenas nomes para se tornarem parte da história pessoal de cada um.

Mais do que uma aula de História ou Geografia, o projeto foi uma lição de identidade. Ao entenderem a mistura de influências indígenas, gaúchas, japonesas, mineiras, paulistas e paraguaias que formam a nossa cultura, os alunos foram incentivados a valorizar essa diversidade.

A culminância do projeto foi marcada por uma bela apresentação dos alunos aos pais e à comunidade escolar. As crianças apresentaram o que aprenderam sobre Dourados por meio de músicas, dramatizações e exposições, compartilhando com orgulho suas descobertas sobre a história, a cultura e a geografia do lugar onde vivem.

— “Foi maravilhoso de uma riqueza ímpar. As crianças e as famílias amaram o evento que contou com muitas pessoas.” Cleusa Aparecida Ventorini de Barros

Segundo as coordenadoras, a experiência foi uma "riqueza ímpar", marcada pela parceria entre família e escola. O objetivo principal foi alcançado: mais do que conhecer a história, os alunos começaram a despertar o amor pela nossa terra e a consciência de que eles são responsáveis por cuidar desse espaço. Na Escola Franciscana Imaculada Conceição, acreditamos que formar cidadãos começa com o orgulho de pertencer ao seu lugar.