Passa Anel retoma suas atividades
Desde o mês de fevereiro o Grupo Teatral Passa Anel, da EIC, retomou suas atividades. Nesse momento de adaptação de muitos novos alunos, a professora Rejani Vendramini Garcia tem trabalhado em forma de oficina, espaço em que há a descoberta do teatro e suas formas de atuar. Os encontros semanais das crianças de 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental acontecem na sala de conto da escola, no contraturno do horário escolar delas.
A mímica e a sua importante função numa cena marca o início do trabalho. Diversos exercícios teatrais são executados para desenvolver essa habilidade, já que as crianças acham muito difícil fazer qualquer cena sem poder usar a fala, somente os gestos corporais. “Quando elas descobrem o que são capazes de fazer tantas mímicas ficam muito empolgadas”, observa a professora.
Trabalhar a expressividade de cada membro do grupo é de suma importância nesse início de atividades. “Uma das tarefas do teatro foi observar o próprio movimento ao escovar os dentes em casa e tentar reproduzir no palco, sem auxílio de nenhum objeto. É uma atividade complexa, que exige coordenação motora fina e noção espacial, além de quebrar outra barreira que é a exposição. Estar na frente da turma e realizar o movimento, perder a timidez e ganhar desenvoltura. É todo um processo para melhorar a cada cena, cada desafio novo. As crianças, aos poucos, vão confiando no grupo e na proposta da atividade e se soltam, criando cenas mais complexas e criativas”, revela Rejani,
Depois de um mês de atividades são inseridas palavras e frases. Neste momento, as crianças já estão prontas para entender a função do texto na cena e passam a fazer isso naturalmente, colocando mais entonação e expressão nas cenas representadas. Quando as crianças começam a ganhar falas ou frases, já conseguem compreender que a fala é um complemento da cena e não a parte principal.
“É com atividades como essa que vamos tentando deixar as crianças sem vergonha, no sentido que perder a timidez e não de fazer bagunça”, brinca a professora Rejani, lembrando que há poucas apresentações teatrais infantis na região e que, por isso, as crianças não têm muita oportunidade de conhecer o que realmente é o teatro e chegam nele com uma ideia errada. Por tudo isso, Rejani considera que “mudar esse pensamento leva um pouco de tempo, mas mostrar a riqueza de possibilidades que podem ser produzidas é uma tarefa empolgante”.
