Estudantes do EIC+ lançam foguetes
Astronomia, astronáutica são áreas do conhecimento que, por muito tempo, pareciam um sonho distante para os jovens e adolescentes. Hoje, iniciativas como a da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, que promove disputas pela Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), aproximam estudantes de todo o país a esse universo. Além da provocação da concorrência em âmbito nacional, a Mostra dá instruções sobre como construir e lançar os foguetes a estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio ou Ensino Superior.
Aqui na escola, o engajamento aconteceu sob a orientação dos professores de física Jéssica Rodrigues Fermino e Alex Cesar Pereira Rocha, dentro do projeto EIC+. Estudantes de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio foram apresentados à Mostra, montaram seus protótipos de garrafas PET, movidos com vinagre e bicarbonato de sódio e, no dia 18 de maio, lançaram seus foguetes do gramado ao lado do ginásio poliesportivo da escola.
A partir dos links de vídeos e documentos de como deveria ser executada a montagem do foguete, os alunos passaram a atuar em grupos, contando com o apoio dos professores para solucionar as possíveis dúvidas quanto ao funcionamento do protótipo. As montagens dos foguetes foram executadas nas mesas verdes e o lançamento, realizado com a supervisão dos professores e auxilio do grupo encarregado de coletar as medidas necessárias. Com essas atividades, os estudantes puderam estabelecer relações de assuntos teóricos estudados, como lançamentos de projéteis e terceira lei de Newton, com a prática.
Segundo o professor, a atividade desenvolvida foi uma iniciativa da coordenação e professores que teve como objetivos fomentar o interesse dos jovens pela Astronáutica, Física, Astronomia e ciências afins, promovendo a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando, alunos, professores, coordenadores pedagógicos e escolas, às atividades aeroespaciais.
“O resultado final do trabalho foi muito gratificante, pois conseguimos perceber a empolgação dos alunos e a vontade em querer melhorar seus equipamentos para obter melhores resultados. Também foram instigadas a busca, a pesquisa e a experimentação, pois foi através das tentativas, que conseguiram verificar o que precisava ser alterado em seus foguetes, fazendo com que eles pudessem compreender, reconhecer e tomar decisões que fossem relevantes, para que seu trabalho fosse bem realizado. Foi um projeto de muito envolvimento, que exigiu muito empenho e dedicação dos alunos”, avalia a professora Jéssica.
A experiência também foi bastante positiva sob a ótica dos alunos. “Desde o começo da atividade, que envolveu a turma do EIC+, senti uma enorme cooperatividade de todos os participantes, cada um ajudava com o que podia, o que levou, é claro, a um ótimo desempenho final com o lançamento do foguete. Com a ajuda dos professores, conseguimos produzir e arquitetar o que era necessário com extrema exatidão. No momento em que se lançaria o foguete, todos davam o máximo de si para superar a meta e objetivo estipulados. Todos estavam prontos, assim como o foguete, logo demos início ao seu lançamento, com calma e precisão, conseguimos chegar à incrível marca de 107 metros de alcance com o foguete. Todos ficaram extasiados, sentimentos de felicidade e alegria vieram à tona, abraços, sorrisos e danças contagiaram a todos, o que posso dizer por experiência própria. Algo bonito de se ver”, destaca o estudante Eduardo Ken Saturnino, da 3ª série.
O professor Alex Cesar Pereira Rocha também considerou a experiência emocionante. “Ver o empenho e a dedicação dos estudantes durante a montagem dos foguetes e das bases foi empolgante. Mas a melhor parte foi ver o sorriso e alegria quando os foguetes ganharam altura e distância. A cada lançamento a comemoração se igualava a um de final de campeonato”, diz ele.
A premiação nacional da MOBFOG será feita quando os organizadores tiverem posse de todos os alcances de todos os participantes. Serão relacionadas, por ordem decrescente, as distâncias dos quatro níveis, separadamente também pelas respectivas opções de tipos de foguetes. Serão enviados, no final do mês de outubro ou início de novembro, certificados para todos os alunos participantes. Serão distribuídos, entre os cinco níveis, aos alunos que obtiveram os maiores alcances, a nível nacional, cerca de 20.000 medalhas, entre ouro, prata e bronze.